“CHERRY MAGIC”, O TOQUE DO AMANTE – RESENHA CRÍTICA

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Falar de BL japonês é sem dúvida falar de excelência, e “Cherry Magic” é mais uma história boys love de altíssima qualidade produzida no Japão. Série com doze episódios e dois spinoffs é uma clássica história de amor BL japonesa entre dois homens que trabalham juntos na mesma empresa. Neste caso temos Kurosawa (Machida Keita) e Adachi (Akaso Eiji), o primeiro desenvolto e popular e o segundo tímido e introvertido.

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A narrativa parte do fato de que Adachi ao fazer 30 anos de idade passa magicamente a poder ler a mente das pessoas, lenda urbana japonesa, em que toca, fato possível apenas porque ele ainda é virgem e assim que não for mais perderá seus poderes. Ele trabalha numa empresa, mas não tem um relacionamento de proximidade com os demais colegas, passa despercebido, seu único amigo é Tsuge um escritor que também é virgem, mas finge que não.

A vida de Adachi passa monotonamente até fazer trinta e começar a ler a mente das pessoas. O que o faz descobrir que Kurosawa está apaixonado a longa data por ele, fato que gera inúmeras confusões e permiti uma maior proximidade entre os dois. Como foi dito, trata-se de uma clássica história de amor BL que vai se construindo com o tempo e como estamos no Japão, vai acontecer dentro de uma empresa. Apesar de não ser uma novidade nesse aspecto, a história é encantadora por causa do casal, também pela singeleza e sutileza da relação dos dois, de como eles vão se compreendendo e completando.

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Tanto que quando descobre que Adachi pode ler mente, Kurosawa não reage como quem tivesse sido traído ou enganado, mas busca compreender e fazer o amado se sentir menos culpado. O amor entre os dois vai sendo construído por meio de vários encontros em que um ajuda o outro, principalmente Kurosawa. Ele aproveita a oportunidade que teve de se aproximar do amado para conquistá-lo.

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Interessante na narrativa é o fato de o amor dos dois ser bem sedimentado porque vai sendo solidificado ao longo da série, mas sem ser chato ou lento, foi em um time aceitável. Quando se estabelecem como casal já parecia que namoravam há anos. A série tem em duas personagens a figura para alívio cômico: Rokkaku Yuta que trabalha na empresa com eles e Tsuge. O segundo sem dúvida traz um tom de comédia para a história com suas cenas e forma um segundo casal com Minato. A história deles é desenvolvida com satisfação tendo começo, meio e fim na trama, mas sem tomar o tempo do casal principal.

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O roteiro caminha sem sobressaltos, de forma linear, sem vilões, antagonismo apenas com fatos do dia a dia e das escolhas de cada um que uma vez ou outra servem como empecilho para que o romance deles aconteça. Temos a clássica cena de declaração de amor, rejeição ou dúvida, saída dramática, corrida atrás do amado. Temos apenas um momento de inflexão na história que faz a gente pensar que vai dar tudo errado e não teremos final feliz, mas no final dá tudo certo. Ocorreu no momento em que Adachi revelou seus poderes, pessoalmente acho que dava para ter trabalhado isso de outra forma.

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Como uma boa série nipônica não espere cenas calientes é uma história cute-cute, mas ao apresentarem as cenas de sexo fizeram de forma interessante: entre Minato e Tsuge houve trocadilhos e sugestões maliciosas claras, com Kurosawa e Adachi só vemos o pós-sexo, mas nada disso macula a produção. Temos boas atuações, boa química entre os casais, histórias fechadinhas. Cherry Magic é uma bela obra sobre a construção do amor entre dois homens, tão comum nos BLs, que aborda um aspecto peculiar, a leitura de mente, e vai nos fazendo criar um carinho imenso pelas personagens que nos cativam. Sem dúvida uma série que vale apena levar um pouco de nosso tempo, não nos causa grandes comoções, mas nos ajuda a nos distrair das coisas ordinárias do dia a dia. SE NÃO VIRAM, CORRAM LÁ!!!!

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3 Comments

    O QUE SERIA DOS BLS SEM OS MAL-ENTENDIDOS?!?!

    TALE OF THOUSAND STARS: MAIOR QUE MONA LISA !