Girls love: 1 Romance Sáfico.

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BL/Boys Love e GL/Girls Love são termos criados para se referirem a produções com representatividade gay e lésbica, do leste e sudoeste asiático.

Assim como as séries ocidentais, os doramas – como são conhecidas as produções asiáticas – contam de diferentes formas as mais variadas histórias, nos mais variados estilos. Além de gêneros tradicionais, como romance, drama, suspense e terror, há ainda os chamados doramas GL.

Saiba o que são os doramas GL, o que significa o termo .

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Doramas GL são séries asiáticas que exploram temas relacionados a romances entre personagens femininas, com ênfase em relacionamentos lésbicos ou de temática LGBTQ+. A sigla “GL”, no caso, significa “girls love” (“amor entre garotas”, em tradução livre).

Assim como os doramas BL (“boys love”) que se concentram em romances entre personagens masculinos, os doramas GL têm ganhado popularidade, especialmente entre o público que procura na mídia representações mais diversificadas de relacionamentos.

Doramas GL podem abordar uma grande variedade de gêneros, como romance, drama, comédia e fantasia, por exemplo, mas sempre com foco nos relacionamentos românticos ou emocionais entre mulheres.

Doramas GL e doramas BL têm grande importância no cenário LGBTQ+ já que, em comparação com produções ocidentais, romances homoafetivos ainda não aparecem com tanta frequência na produção audiovisual de países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo.

Apesar de ser um gênero menos popular, Girls Love é repleto de obras incríveis que podem conquistar qualquer leitor como séries, filmes e mangás.

Origem do Termo Girl Love.

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O termo se originou nos anos 70 na famosa revista gay Barazoku, que possuía uma coluna especial para lésbicas chamada Yurizoku no Heya (百合族の部屋 — Algo como “Quarto da Tribo dos Lírios). O nome está relacionado ao próprio nome da revista Barazoku (薔薇族 — Tribo das Rosas), pois na época, rosas eram associadas a homens gays. Depois que essa coluna passou a ser publicada, o lírio passou a ser associado com mulheres que se relacionam com mulheres.

GL, ou Girls Love, parece ser um termo relativamente recente, não consegui achar nenhuma história exata dele, se ele se originou no Japão ou no exterior. De qualquer forma, é um termo usado tanto por fãs como por editoras de todo o mundo, não apenas no Japão. Portanto, tanto ele, quanto Yuri estão “corretos”, por assim dizer.

Um pouco da história do Yuri.

O Yuri surgiu dentro dos mangás durante os anos 70, em obras como os mangás shoujo Shiroi Heya no Futari (1971) de Yamagishi Ryouko e Maya no Souretsu (1972) de Ichijo Yukari. Entretanto, muita gente marca o início do Yuri nos anos 1920, quando Yoshiya Nobuko começou a publicar diversos contos em revistas para garotas. Muitos desses contos se passavam em colégios femininos, narrando a vida e sentimentos das garotas, provavelmente inspirados pelas próximas experiências que a autora teve durante a adolescência.

Nobuko era lésbica, e viveu os últimos 50 anos de sua vida com outra mulher, Monma Chiyo. Suas obras foram uma fonte de inspiração para diversos autores de mangá shoujo, tendo eles esse elemento do romance entre garotas ou não.

O termo Yuri só passou a ser utilizado para falar de mangás por volta do final dos anos 80, quando as feiras de doujinshi (fanzines, obras publicadas de maneira independente) se tornaram populares. Muitos autores de doujinshi passaram a utilizar o termo Yuri para marcar obras que mostravam alguma relação sexual e/ou amorosa entre mulheres. O termo se popularizou, e em 2003 surgiu a primeira revista voltada totalmente para a publicação de mangás yuri: Yuri Shimai.

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Girl Love embora seja menos popular, e possamos atribuir isso tanto ao próprio machismo quanto à lesbofobia, estas obras possuem uma gama de variações, desde o enredo até a forma como os romances são abordados – assim como as séries BL.

O girls love ainda está longe de atingir o mesmo sucesso que o BL, mas isso não quer dizer que as coisas não estejam mudando.

O GL tem se tornado mais popular internacionalmente nos últimos anos, no entanto, ele está longe de chegar até onde o BL está atualmente, pois ainda é um gênero de nicho pequeno, pouco valorizado, cheio de clichês e estereótipos e com pouco investimento ainda.

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Grande parte do material que encontramos nesse gênero é fruto de doujinshis

(trabalhos feitos por fãs de determinadas obras ou artistas independentes) e o acesso a eles é muito restrito, pois dependemos de pessoas que frequentem as convenções (especialmente a Comiket) para comprá-los e escaneá-los, além de equipes de scanlators que estejam interessadas nos projetos para fazer a limpeza, traduzi-los e compartilhá-los conosco. Tudo isso contribui para que o espaço do GL seja limitado e consequentemente não encontremos muitas obras diferenciadas por aí.