Olá, menines. Hoje quero falar de Hit Bite Love, só agora tive tempo. Produção BL pela Jinloe em seis episódios, estreou em 2023 e teve segunda temporada confirmada. Conta a história de três casais gays, os encontros e desencontros entre eles e amigos. Com pitadas de humor, assassinato, bullying, preconceitos. Sob direção de Yuan Tin e escrita por Chim Sedthawut e Poy Orachat. Estrelando Alan Campana, Bigboss, Pure Napolpong, Newyear Nawaphat, Jur Vasin, Vic Vittawin e Tae Natthapat.
Sinopse: “Shogun é um estudante do ensino médio no Rose Garden College. Ele tem um relacionamento secreto com Ken do time de basquete. Eles se encontram em particular nos vestiários para terem brincadeiras picantes. No entanto, Ken é um atleta enrustido que finge não conhecer Shogun em público. Os outros estudantes acreditam que Ken e sua namorada Fern estão felizes namorando. Shogun se sente miserável como o amante escondido. Seu amigo King encoraja Shogun a terminar esse relacionamento tóxico, argumentando que ele merece algo melhor.
Shogun finalmente termina com Ken, que não reage bem ao ser rejeitado. Shogun também deixa o time de futebol, que ele só se juntou para impressionar Ken. Em vez disso, ele persegue sua verdadeira paixão no clube de música. No entanto, o clube não tem dinheiro para instrumentos ou competições. Shogun se reúne com Matteo, o presidente do conselho estudantil, para negociar o orçamento. Mais tarde, Ken assedia seu ex-namorado para uma reconciliação, mas Matteo intervém a tempo. Shogun fica grato pela ajuda e desenvolve uma paixão.”
A história também acompanha a relação de mais dois casais Burger e King, Hida e Saint. Eu estava fazendo os reviews, mas por falta de tempo não consegui fazer o último, então vou aproveitar e fazer a resenha logo. Hit Bite Love é a típica série clichê adolescente que acompanha a vida e os relacionamentos de jovens que estão se tornando adultos e todas as frustrações e descobertas. E aparentemente é isso que ela se propõe, ao menos na premissa, e também trazer uma pegada mais quente e sexual para história.
Bem, ela de fato traz aquela nostalgia de produções mais antigas como Make It Right, por exemplo. Um elenco jovial e conflitos que não avançam na vida adulta, os famosos calções azuis tailandeses e a típica experiência de vida escolar. As histórias dos três casais BL vão se intercruzando com os enlaces e separações entre eles e a chegada de uma ou outra personagem que passa a manter uma nova relação amorosa com eles. Burger e King têm um forte alívio cômico e um enlace que se constrói a partir da conquista de um pelo outro e de maus entendidos, além da negação da sexualidade de um e descoberta de outro. Eles se tornam secundários em relação Shogun, Matteo e Ken, assim como o outro casal.
Hida e Saint são ainda mais superficiais que Burger e King, a respeito do desenvolvimento da relação dos dois. São meios-irmãos que vivem juntos e se apaixonam, nada de novo sob o sol. Hida quer conquistar seu amante e protegê-lo irracional e incondicionalmente. O grande conflito que arrasta, cheio de nuances, a narrativa é a vida de Shogun e seus relacionamentos com Ken e depois Matteo, e talvez ambos.
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Achei interessante como eles contam a história fazendo um zigue-zague temporal, indo e vindo por perspectivas diferentes para esclarecer certos fatos que pensávamos resolvidos, mas na verdade só tínhamos visto uma tomada deles. Isso me chamou atenção e foi importante para amarrar a tentativa de assassinato de uma das personagens. Há um grande apelo para o cômico com personagens específicas para isso e uma excessiva abordagem sexual, com cenas um tanto cômicas quando deveriam não ser, mas não é só nessa série que há tais coisas.
As atuações são razoáveis, os atores e atrizes parecem muito jovens e o são, há uma inexperiência e inabilidade na execução de certas cenas de carga emotiva ou dramática. Mas tudo isso se ver em muitas outras produções BL tailandesas, em especial. O enredo segue uma progressão lógica ascendente e deixa o final em aberto para dar sequência na segunda temporada. No caso a tentativa de assassinato que levou Hida a se entregar para salvar o irmão e grande amor.
Algo que me incomoda é a tentativa de abordar temas que exigem mais seriedade, ou que talvez se encaixem melhor na vida adulta e que foram discutidos na produção, mas para mim não foram bem executados. Como a violência psicológica, a tentativa de assassinato, o BDSM e mesmo o bullying virtual que se materializa em tentativa de suicídio. Penso que a linha para essa história deveria ter ficado no cômico e drama adolescente colegial, a tentativa de abordar temáticas mais complexas, se fosse usada, deveria ter sido melhor trabalhada, com mais profundidade. Ficaram muito superficiais, eu não consegui levar a sério.
Mas apesar de tudo isso a série não é ruim. Ela entretém, especialmente para quem gosta de romances colegiais e de descobertas. É uma produção que se pode perder tempo assistindo porque as risadas, ao menos, estão garantidas. Além de ver machos sem camisas se esfregando e conflitos que não nos leva a fazer grande esforço intelectual. Os atores são bonitinhos, jovens demais para mim que sou velho e carcomido, têm um entrosamento interessante aqui e acolá. É um romance colegial, gente. Quem gosta eu recomendo. Até estou ansioso pela nova temporada.
Bem, deixem nos comentários o que vocês acharam da série e da resenha. Beijos de luz!!!
[…] Hit Bite Love The Series, um clichê pretencioso! […]