Para abrir o Mês do Orgulho da BLB, nada mais justo do que contar um pouco da história da sigla LGBT.
Em 1994, a sigla usada era GLS, significando: gays, lésbicas e simpatizantes. Porém, ativistas acreditam que o termo não representava todos aqueles que fazem parte da comunidade. O que acredito que faça todo o sentido, afinal acaba ignorando diversas orientações sexuais e identidades de gênero, além de colocar o ‘protagonismo’, de certa forma, nos gays.
Então, na metade dos anos 90 a sigla ganhou força como LGBT.
Lésbicas. Gays. Bissexuais. Travestis. Transexuais. Transgêneros.
“há alguns anos a sigla LGBT passou a ser adotada, por englobar também bissexuais, travestis e transexuais e trouxe o L, de lésbica, como letra inicial, para destacar a desigualdade de gênero que também diferencia homossexuais femininas e masculinos”
Fernanda Nascimento e Débora Fogliaro
A letra S dos simpatizantes caiu em desuso, já que poderia ser qualquer pessoa, inclusive um heterossexual que apoiava a causa. E, isso tirava, em alguns aspectos, o protagonismo da comunidade.
Hoje, com todas as transformações e mudanças do mundo, a própria comunidade LGBT também precisou se adequar, mas algo permanente é o objetivo da criação dela.
A sigla LGBT se destina a promover a diversidade cultural, baseada em Identidade Sexual e de Gênero. O principal intuito é unir as pessoas que fazem parte da comunidade, e fazer com que elas se sintam representadas e reconhecidas. Com o tempo, mais informações a respeito de gênero e orientação foram descobertas, e a sigla foi se atualizando.
Em 1996, uma nova inclusão aconteceu, a letra Q, para representar os Queer, ou aqueles que se questionam sobre a sua identidade sexual. Ao mesmo tempo alguns participantes da comunidade mostraram seu interesse em incluir os intersexuais, expressado pela letra I. Por isso algumas pessoas usam o LGBTIQ ou LGBTQI.
Outros ainda, adicionam a letra A, a fim de incluir na comunidade os assexuais, arromânticos ou simpatizantes (aliados): LGBTQUIA, LGBTA ou LGBTQA.
Por não terem sido oficializadas, há essas divergências.
Dentro desse universo, existem ainda, algumas variações para incluir os pansexuais e polissexuais, sendo assim: LGBTQIAP, LGBTQIAPN e LGBTPN.
Por fim, um sinal de + foi adicionado ao fim da sigla, com o intuito de representar qualquer outra pessoa que não esteja inclusa nas outras letras da sigla: LGBTQIAP+.
De acordo com uma reportagem da revista Capricho, de 2019, a sigla é dividida em duas partes. A primeira, LGB, diz respeito à orientação sexual do indivíduo. A segunda, TQI+, diz respeito ao gênero.
- L: Lésbica. É toda mulher que se identifica como mulher e têm preferências sexuais por outras mulheres.
- G: Gay. É todo homem que se identifica como homem e têm preferências sexuais por outros homens.
- B: Bissexuais. Pessoas que têm preferências sexuais por dois ou mais gêneros.
- T: Transexuais, travestis e transgêneros. Pessoas que não se identificam com os gêneros impostos pela sociedade, masculino ou feminino, atribuídos na hora do nascimento e que têm como base os órgãos sexuais.
- Q: Queer. Pessoas que não se identificam com os padrões de heteronormatividade impostos pela sociedade e transitam entre os “gêneros”, sem também necessariamente concordar com tais rótulos.
- I: Intersexuais; antigamente chamadas de hermafroditas, são pessoas que não conseguem ser definidas de maneira distinta em masculino ou feminino.
- +: Engloba todas as outras letrinhas de LGBTT2QQIAAP, como o “A” de assexualidade e o “P” de pansexualidade.
Dependendo do local onde vivem, ou de suas posições políticas, podem existir grandes empecilhos para aqueles que fazem parte da comunidade.
Acredito que outro fator de peso é a família. E, por isso o mês do orgulho é um movimento que eu espero que cresça ainda mais, para chegar no consciente e inconsciente das pessoas mais tradicionais e fazê-los entender que não há nada de errado. Ele ou ela não deixa de ser filho ou filha por causa da sua opção sexual ou identidade de gênero. Assim como não deixa de ser humano.