Present Perfect, revisitando um clássico!

Olá, menines. Hoje vamos falar de um clássico do mundo BL, o filme Present Perfect. E de sua continuidade Present Still Perfect. Filme tailandês LGBT-romântico de 2017 dirigido por Aam Anusorn, estrelado por Maroukasonti Kritsana e Tonawanik Adisorn. O filme foi produzido por Nuttachai Jiraanont, Tanwarin Sukapisit e Chen Rong Hua. Estreou na Tailândia em 9 de março de 2017.  A produção teve uma segunda parte em 2020 que deu continuidade à história, Present Still Perfect.

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Sinopse: Na sequência de uma dolorosa separação, Toey decide curar seu coração partido realizando uma viagem para cidade japonesa de Higashikawa, Hokkaido. Lá ele conhece Oat, rapaz que está em sua viagem final de bacharelado. De estranhos a amigos, um romance desencadeia-se entre os dois. Antes de voltar para o mundo “real”, eles têm que juntar seus pedaços quebrados e reconstruírem-se. Junte-se a eles em uma viagem emocionante enquanto embrenham-se na simples busca do amor.

O filme tem poucos anos de idade, mas figura entre os clássicos dos BLs por causa de sua narrativa e qualidade de produção. E o famoso diretor e roteirista Aam estava apenas começando sua carreira com esse trabalho maravilhoso que ele nos entrega. Um clássico não necessariamente precisa ser velho para ser aclamado como tal, mas geralmente buscamos num passado remoto as raízes que sustentam as estruturas que admiramos. Present Perfect e Present Still Perfect figuram entre os clássicos.

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Há muito, muito tempo mesmo eu deveria ter visto o filme, mas acabei adiando. Não porque não tinha interesse, mas por causa da quantidade de coisas que são necessárias ver atualmente e meu tempo pessoal. Óbvio que depois do que vi me arrependo ainda mais de não o tê-lo visto antes. No ano de lançamento dele e nos anteriores nós éramos brindados com produções de baixa ou baixíssima qualidade, que víamos apenas por falta de opção, porque diferentemente do que temos atualmente, antes não havia uma profusão tão grande e diversa de opções.

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Mas Present Perfect não se encaixa na relação de projetos ruins, ao contrário. Por isso também ele chama atenção porque destoa daquilo que nos era oferecido, não havia uma preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos, os BLs estavam se desenvolvendo. Entretanto Present Perfect nos dá algo de muita qualidade. É um projeto independente e ele sabe brincar com isso, não ousa, apesar de ter sido filmado no Japão. Temos cenários simples, internos e familiares. As cenas externas são do dia a dia, no mercado e coisas afins.

Nem sempre, claro, mas os filmes ou produções independentes tendem a entregar um produto que tenha muita consistência e certa experimentação técnica, um tom artístico e cult. Eu senti um pouco disso vendo este filme. Me lembra muito da escola cinematográfica da América do Sul que quase sempre é desvalorizada e tem que se auto gestar e financiar. O que parece levá-la a produzir quase que como uma revolta.

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Senti isso em Present Perfect. O filme aborda a vida e o amor, mas aquele vivido por uma comunidade muito peculiar que é a LGBTQIAPN+, em especial, abordada nele, o gay. É uma história até muito recorrente e que a mim parece está sendo deixada um pouco de lado porque já estamos avançando. Fala do afloramento da sexualidade de dois homens adultos em que um se percebe gay e outro esconde que o é e tem uma relação com uma mulher.

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Ambos têm relação heteronormativa, Toey é deixado pela namorada e Oat faz uma viagem em separado da noiva como uma espécie de despedida de solteiro. O filme traz um clichê extremamente comum na época para as produções BL e que ainda hoje está presente que é o fato de homens “héteros” beberem e acabarem transando. Apesar disso a narrativa não se perde em clichês cansativos. Eles iniciam uma relação de amizade até que transam, Toey revela que tem uma noiva e um filho, eles se separam e só vão se encontrar em Present Still Perfect.

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Apesar de tratar de uma questão corriqueira da comunidade e muito abordada o Aam apresenta suas questões peculiares. Gosto muito do silêncio na história, ele fala bastante com as trocas de olhares, gestos e expressões como na América do Sul. Ele liga a história com encontros coincidentes, bem comédia romântica. Os atores apresentam um bom trabalho em suas atuações com um ou outro problema, mas nada que comprometa o produto final.

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Algo muito interessante e assertivo foi a continuação da história em Present Still Perfect porque sempre tem o risco de estragar tudo, mas isso não aconteceu, tudo foi bem dividido: no primeiro foi apresentado os dois num ambiente específico sem dar muita abertura para informações marginais, no segundo se apresentou o que era marginal e se foi explicando isso ou aquilo. Graças a Deus temos um final feliz. Tudo se assenta no final.

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O filme apresenta um certo olhar filosófico sobre a realidade, até mesmo na escolha do título. Quer dizer, sobre viver o momento, carpi diem, aproveitar o que a vida nos dá, sobre ser adulto e saber deixar as coisas irem, evoluir e crescer. Sobre como somos todos humanos e erramos, a história de amor começa e continua por meio de uma traição. Que é equilibrada pelo fato da dificuldade de aceitar e ser aceito como homem gay. Sobre como na comunidade LGBTQIAPN+ se vive ou é obrigado a viver na clandestinidade, até mesmo o amor.

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Pessoalmente eu recomendo imensamente o filme Present Perfect, assim como sua continuidade Present Still Perfect que formam uma unidade linda de uma história de amor. A produção é muito aconchegante e de boa qualidade, vale apena assistir. Se você ainda não viu eu recomendo que vá CORRENDO fazê-lo!!!

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