A BELEZA CLICHÊ DO BL

Curtiram o carnaval, meus fujodanshis? Isso é, na medida do possível com essa chuvarada. Agora que a farra acabou, nada melhor do que ver homens se pegando, porém nem de só bishounen será feito meu BL, meu amor!

Quem teve como meta de fim de ano ter aquele corpão chapado, só beber Whey e dormir na academia assim como todo ano mas acabou janeiro e sua motivação também, chega mais… Não, não é receita milagrosa para emagrecer. Não foge não! Fica aí! Vamos falar sobre a cobrança de ter um corpo perfeito e como esse padrão esperado toma forma nas nossas mídias amadas e no BL e como diversidade e representatividade importam muito.

Esteriótipos? No meu BL?

Um exemplo sátiro de famosos estereótipos presentes no BL como a “síndrome das mãos yaoi”.

Isso mesmo meus amores, assim como toda mídia, é claro que teríamos padrões no BL. Desde as relações ao físico dos personagens, podemos ver aos montes nos clássicos e mais populares, sendo um gênero geralmente criado por mulheres para mulheres e tendo dinâmicas em sua maioria heteronormativas, limitando a história em vários aspectos, a tornando muitas vezes previsível e clichê.

A fórmula seria um uke (passivo) de estatura baixa, traços femininos, magro, geralmente mais novo e necessitado de dinheiro e coincidentemente uma bela raba, e nosso seme (ativo) sendo rico, mais velho, alto, musculoso e bem… Grande em geral (estou falando das mãos gente!), bem acentuado nos manhwas.

Manhwa BL Jinx
Arte do manhwa BL “Jinx”

Muitos fogem dessa regra é claro, tendo ukes mais velhos, casal versátil, semes tímidos… Até porque não é só as garotas que gostam de um bom BL né? Um subgênero por exemplo surgindo da idéia de BL feito por homens para homens é o bara, tendo personagens mais másculos e masculinos.

Mesmo assim, o BL ainda está longe de ter uma representatividade concreta, sua maioria lucrando em cima dos padrões de beleza. Um mangá que me chamou bastante atenção foi Kagakubu no Megane (化学部のメガネ) do autor Arai Niboshiko, uma história de oito capítulos sobre dois estudantes fora do que é considerado bonito, e seu primeiro amor.

Um romance curto, leve e cheio de emoção. Ambos personagens não têm a maioria desses traços em que citei antes, o fato de serem apenas… Dois adolescentes normais aproveitando a juventude, torna a história genuína, trazendo questões como “Quando você começa a namorar alguém, vocês param de ser amigos?”.

Outras histórias já discutem como esse padrão pode afetar as relações de uma pessoa tanto com ela mesma e com o mundo. Caso queiram posso fazer uma lista de recomendação com alguns títulos que valem a pena conferir pela diversidade dos personagens.

A nova moda é se aceitar do jeitinho que você é, mona! Se joga na trend!

What do you think?

Deixe um comentário

Avatar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

GIPHY App Key not set. Please check settings

    foto das integrantes do rupo CLASS:y

    CLASS:y, Conheça o grupo!

    MCND vão voltar ao Brasil