Till The World Ends, amar até o fim do mundo!

Till The World Ends é uma série tailandesa original da Commetive plus, criada pelo famoso diretor Aam Anusorn. A produção encerrou o seu último episódio no dia 7 de janeiro de 2023 e tem um total de 10 episódios. O roteiro acompanha a relação amorosa de Golf e Art que acontece de forma um tanto inusitada e que passa a desabrochar a 12 dias para o fim do mundo. É uma história pré-apocalíptica em que eles junto com o irmão de Golf fogem de assassinos sanguinários.

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“Art, um atraente estudante de negócios que perdeu suas memórias em um acidente, deseja voltar para sua cidade natal para recuperar sua verdadeira identidade. No entanto, na época de seu acidente, o governo anuncia o fim iminente do mundo e ordena a evacuação da população para bunkers, enquanto o caos em massa e o pânico estão se espalhando.”

“Art, neste momento de desastre, depende de um novo amigo para ajudá-lo a navegar e se preparar para o fim. Golf é um estudante de medicina com uma história familiar e de relacionamento tumultuada, seu irmão acabou preso, deixando-o completamente sozinho. Ele nunca se sentiu verdadeiramente amado, e não quer nada mais do que uma chance nesse ‘amor verdadeiro’ antes de morrer.”

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“Till The World Ends” é sem dúvidas uma história BL um tanto inusitada para o universo com o qual estamos acostumados em relação às narrativas normalmente apresentadas nesse gênero. E sem dúvida extremamente necessária porque traz um sopro de novidade ao que nos é apresentado, além de ser uma história mais adulta e menos fofinha. Para quem prefere uma série mais tranquila em certos aspectos e mais romântica ela não é recomendada, mas para quem gosta de mais ação-dramática com certa dose de violência, eis o pedido.

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A produção tem ou tenta trazer uma forte carga dramática para a história que é apresentada. Em alguns momentos com mais felicidade, em outros sem tanto êxito. Mas creio que no alívio cômico eles sempre acertam, seja com a senhora que acolhe os meninos, seja em certos momentos nas relações entre as personagens principais. Há também muitas cenas de violência, sangue e mortes – muitas mortes – me sentir no próprio Game of Thrones. Obviamente não se tem que ressaltar as cenas de sexo, não são muitas, mas são adultas e explícitas em certo nível.

Gosto da direção de Aam, ele tem excelência na execução da série, mas há problemas para mim. Questões que são bem comuns em produções tailandesas especificamente. Ligadas tanto à direção das cenas de ação com a própria atuação dos atores. Ele faz um jogo com a câmera para filmar as mortes em algumas cenas, cortando a exibição da violência e focando nas reações de quem pratica a mesma. Para realçar, sem dúvida, as emoções e o drama da situação. Em outros momentos é mostrado explicitamente as agressões com uma profusão de sangue. Eu vejo problema, o que já vi em inúmeras outras, na relação de tempo ou intensidade das cenas, nos conflitos em especial, mas também nas cenas comuns.

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Os atores ficam estáticos e não são dinâmicos, esperam a câmera para agir ou o corte das cenas talvez devessem ser feitos de forma diferente, mas deixarei para os especialistas na área. Por exemplo numa cena no estacionamento em que há luta, enquanto uns lutam outros ficam parados, parados esperando a câmera sair de lá para eles entrarem em cena. O problema é que nós estamos vendo todo o processo como se fosse por trás das câmeras. Mas isso é muito comum em séries tailandesas.

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Gosto bastante de como eles conseguiram nos convencer de que estavam realmente mediante a possibilidade do fim do mundo. Fizeram uma escolha inteligente de poucas filmagens externas, com um número maior no final. A maioria dos acontecimentos se dava em ambiente controlado, fechado que dava para ambientar melhor a ideia de que tudo está por acabar. Mas quando as coisas saiam para fora também há esse convencimento, realmente, pelas escolhas feitas para as locações externas, parecia que o mundo estava acabando.

Gente, o que foi aquela fotografia de Till The World Ends?! MARAVILHOSA! MARAVILHOSA! Cores lindas, enquadramentos bem-feitos, imagens estonteantes e efeitos bem executados. Para mim o melhor da série, fora outras coisas, foi a fotografia. Achei interessante, muitíssimo, o tom de crítica social e política que foi levantado dentro da produção, às vezes de forma sutil, às vezes claramente. Quando por exemplo os protagonistas e o irmão de Golf estavam falando sobre o “salim”. A necessidade de se posicionar e envolver politicamente e outras questões com o HIV por exemplo.

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O casal tem uma boa química, a narrativa é relativamente surpreendente e com uma boa direção. Sem dúvida vale apena assistir “Till The World Ends” porque ela é um sopro de novidade e ousadia dentro do mundo BL, marca de Aam. Para quem gosta de ação, sexo e uma relação amorosa pré-apocalíptica pode correr e ver a produção.

Então, menines, deixem nos comentários aquilo que acharam do texto e da produção. Beijos de luz!!

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